domingo, 15 de agosto de 2010

Eurotrip



Voltei a reativar meu blog depois de um período de ausência, e recomeço meus textos com um dos motivos deste afastamento: Europa. Durante o mês de julho fiz uma viagem inesquecível para o velho mundo com a família. Os seis integrantes desta aventura colocaram uma mochila nas costas, e sem roteiro, desembarcamos no Porto, capital de Portugal. Ao todo foram 8000 km percorridos e 19 cidades visitadas e exploradas na França, Espanha e Portugal. Precisaria escrever um livro se quisesse compartilhar todas as histórias vivenciadas, porém, ressaltarei apenas algumas observações gerais deste passeio indescritível. Claro que como jornalista não pude deixar de observar as características do continente mais romântico do planeta e as compartilharei. Inicialmente senti muita raiva e não conseguia observar a beleza histórica que eu vivenciava, isso por causa do tratamento pelo qual nós, brasileiros, estávamos sendo submetidos. Somos sub-raça para eles, e o preconceito existe, principalmente na França, mas, um mês foi o suficiente para entender que na verdade o tratamento faz jus ao nosso comportamento aqui e por lá. Organização e civilização definem muito bem a Europa. Mesmo com a crise financeira, nitidamente percebida, principalmente na Espanha, e outros problemas que todo país ou povo possui, a população entende que é necessário: ordem, leis e respeito pela própria pátria. Impressionante a educação e a preservação que os europeus possuem com o território que lhes pertencem. E perante tanta ordem eu me surpreendi com a segurança da Europa e afirmo que nesse setor o Brasil é falido, e seguramente hoje é o nosso maior problema. Claro que temos apenas 510 anos e no território nacional cabe muitos países europeus, mas ainda temos muito que aprender. Essa foi a conclusão geral de uma passeio indescritível, onde cada gosto, visão, cheiro e aventura estarão guardadas para sempre na minha mente, além é claro de perceber o quão importante é a família na nossa vida e na base do nosso caráter. Fica então a foto da Torre Eiffel no dia 14 de julho de 2010, dia em que se comemora a queda da Bastilha que deu início a revolução francesa. Entre quarenta minutos de fogos maravilhosos no, talvez, maior cartão postal do mundo, eu pude observar o povo mais civilizado e apaixonado pela própria pátria que eu já conheci. Confesso que achei lindo o cenário, mas, me entristeci, pois não temos essa cultura no Brasil, e não digo pela festa ou pelos fogos, e sim pela educação, nós mal conhecemos a nossa história. Espero que um dia saibamos e consigamos enxergar o valor da nossa cultura, povo e país.